01 dezembro, 2012

Alergia Látex (borracha)...

Olá!

Desejo abordar hoje um tema que observei a incidência no meu Cesinha: a alergia ao látex. Já havia sido alertada quanto à possibilidade dele desenvolver alergia aos artigos derivados da borracha e sempre fiquei atenta ao seu contato com tais objetos, principalmente bolinhas de soprar, ele ama brincar com elas. Até esta semana que está se encerrando, nunca percebi nada alarmante, mas quando o levei ao laboratório para a realização de exames de rotina, assim que foi colocado o garrote em seu braço, apertou e fez a coleta do sangue, imediatamente seu bracinho ficou repleto de pequenas placas vermelhas, aspecto de reação alérgica. Se concentrou da mãozinha até a altura onde o garrote foi colocado. Fiquei preocupada com o que vi, mas foi algo superficial, ele não demonstrou sentir dor e em poucos dias sumiu de sua pele. Segue abaixo uma publicação que achei interessante para melhor compreensão do assunto...

Aos pais de mielinhos, cuidado com o contato com esses materiais...



IMPORTANTE : Alergia ao látex em pacientes portadores de mielomeningocele*

O látex é um composto derivado da planta Hevea brasiliensis, que contém proteínas, lipídios, aminoácidos, nucleotídeos, co-fatores e cis-1,4-poliisopreno. Há entre 2 a 3% de proteína livre residual, que parece ser o agente antigênico(1-6). Essa proteína livre, também chamada heveína, existe em grande quantidade nas luvas cirúrgicas, consideradas como fator determinante do aumento da sensibilização ao látex. A quantidade de heveína das luvas pode variar em 3.000 vezes entre as diferentes marcas(5).
Os primeiros relatos de alergia ao látex usado na fabricação de luvas cirúrgicas foram apresentados por Nutter, em 1979; as manifestações clínicas variavam desde dermatite de contato até a anafilaxia(1-2,4,6-9).
Além das luvas, o látex está presente em inúmeros objetos, muitos de manuseio médico, como garrotes e cateteres. Outros numerosos objetos de uso habitual, como chupetas, ma-madeiras, brinquedos, balões, cosméticos e roupas, também contêm látex em sua composição(5,10).
A alergia ao látex foi recentemente identificada como um problema de saúde pública mundial. Tem maior incidência em pacientes com mielomeningocele, malformações geniturinárias, profissionais de saúde, trabalhadores das indústrias que manipulam a substância, pacientes atópicos e nos que são submetidos a múltiplos procedimentos cirúrgicos ao longo da vida. Esses pacientes são considerados de alto risco(1,6,11).
Crianças com mielomeningocele são consideradas como uma população de alto risco para desenvolver reações alérgicas ao látex. Kelly et al e Grayhack et al relataram que essas crianças têm risco 500% maior de anafilaxia intra-operatória provocada pelo látex(11,16).
As crianças com mielomeningocele parecem ser diferentes das outras populações de risco por dois motivos: primeiro, porque têm anticorpos a diferentes antígenos do látex, provavelmente porque foram sensibilizadas por diferentes proteínas do látex durante procedimentos cirúrgicos; segundo, porque têm um nível significativamente maior de sensibilização e alergia. Explicações para essa alta prevalência incluem predisposição genética, reações neuroimunes alteradas, exposição meníngea ao látex associada aos múltiplos procedimentos de derivação ventricular e efeitos inflamatórios da endotoxina presente no pó das luvas. A explicação mais comum tem sido a freqüente exposição mucosa e parenteral, possivelmente associada com a exposição ao alérgeno das luvas, desde a instituição de Precauções Universais(5,16-17).
A hipersensibilidade ao látex é causada gradativamente por exposições múltiplas aos alérgenos contidos nesse material decorrentes do seu sucessivo contato com as superfícies mucosas do paciente(2,18).
Sabemos que os pacientes com mielomeningocele são submetidos a vários procedimentos cirúrgicos ao longo da vida, desde o nascimento, quando é feito o fechamento da bolsa, seguido por procedimentos neurocirúrgicos, urológicos e ortopédicos, além do uso freqüente de sondagem vesical, o que promove a sensibilização(3,15-17).As luvas cirúrgicas estão diretamente relacionadas com essa sensibilização, pois, além da grande quantidade de heveína que elas contêm, o talco ou similar em sua superfície funciona como veículo de liberação das proteínas do látex(7).

Um comentário:

  1. Olá querida! Ótima sua postagem! O meu Dudu não pode nem encostar em balões de aniversário... A reação vem de imediato! Sempre é bom as pessoas e familiares ficarem atentos a isso, principalmente em época escolar avisar na escola dessa alergia ao látex, pois seguido tem trabalhos e comemorações com os mesmos...
    Bjksssssssssss amada e um bem grandão ao nosso Cesinha lindo!!!

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